domingo, 31 de março de 2013

A Páscoa

A história antiga conta que o povo de Israel quando ainda eram nômades no deserto, esperavam pela primeira lua cheia da primavera para viajarem. Como havia muitas crianças nos acampamentos e elas eram mais vulneráveis, eles costumavam imolar um cordeiro macho, novo, sem nenhum defeito e oferecer para Iaweh em expiação pelas crianças para que elas suportassem a viajem sem sofrer com os perigos do deserto. O sangue do animal era usado para aspergir o povo em sinal de proteção e sua carne servia de alimento. Esse costume que se repetia a cada ano, era um culto prestado a Iaweh.

Quando o povo ficou escravo no Egito esse culto ficou um tanto comprometido porque o Faraó não permitia que o povo fosse até o deserto para a celebração da páscoa.

Quando Moisés voltou para o Egito, depois do episódio da sarça ardente, ele em nome do povo e por instrução de Iaweh, pediu ao Faraó que deixasse o povo ir até o deserto para prestar o seu culto a Deus, mas o Faraó não permitiu (Ex. 7). Então Deus lançou sobre o Egito muitas pragas, e a décima praga foi a que deu origem a uma nova páscoa. (Ex.12) Foi quando Deus mandou Moisés instruir os israelitas para que cada família imolasse um cordeiro novo e sem defeito e usasse o sangue do animal para marcar as travessas das portas das casas, assim quando Deus passasse para ferir todos os primogênitos do Egito, reconheceria as casas dos Israelitas e os livraria.

Eles fizeram tudo conforme as instruções que Deus havia dado a Moisés, quando a décima praga atingiu todo o Egito só os Israelitas escaparam e o Faraó vendo isso temeu a Iaweh. Então, quando Moisés voltou a pedir permissão para o povo sair, esta foi concedida. Tem mais história por aí, mas vamos nos ater apenas ao que diz respeito a Páscoa.

Quando o povo se viu livre, festejou e cantou a Deus Iaweh por tê-los libertado da escravidão do Egito. Então Deus falou a Moisés que esse acontecimento seria, para ele e o povo, um memorial perpétuo, passando de pai para filho e sendo comemorado a cada ano. Isso trouxe um novo sentido para a Páscoa, pois o povo passou da escravidão para a liberdade e tal fato deveria ser não apenas comemorado, mas tornado presente a cada ano. Isso aconteceu no primeiro mês, na primavera.

Jesus quando ceava com seus discípulos, celebrava a páscoa judaica (aquela que havia se tornado perpétua, lembra?) e foi lá que ele repartiu pão e vinho dizendo: “Tomai comei, tomai bebei esse é meu corpo e sangue que é dado por vós, fazei isso em memória de mim”. (Lc 22,26). O que vem depois nós bem sabemos, sofrimento, morte...

Porém, Jesus não ficou morto. Ressuscitou, se revelando o novo cordeiro, o cordeiro de Deus que veio para nos livrar, nos resgatar.

Em Jesus a Páscoa se renova outra vez. Ele firma uma Nova Aliança entre Deus e a humanidade, nos possibilita ressuscitar a cada dia, desprendendo-nos das coisas do mundo, das aflições e angústias que insistem em nos manter como escravos.

Jesus prometeu e cumpriu. Ele Ressuscitou, nos deu nova vida. Ele é o caminho a verdade e a vida, quem o segue nunca caminhará nas trevas!

Uma Feliz e Santa Páscoa!

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